Revista Diário - 7ª Edição - Junho 2015
E mbora essa definição seja um tanto arbi‐ trária, é muitas vezes associada à idade na qual se pode começar a receber bene‐ fícios das aposentadorias. No momento, não existe critério definido pela Organização das Nações Unidas (ONU) de um padrão numéri‐ co. Entretanto, concordam que a partir dos 60 anos seja o ponto de corte aceitável. O envelhecimento da população é um fenô‐ meno mundial iniciado nos países desenvolvi‐ dos em decorrência da queda da mortalidade, grandes conquistas do conhecimento médico, urbanização adequada, melhoria nutricional e elevação dos níveis de higiene pessoal e am‐ biente. Todos esses fatores se desenvolveram no fim da década de 1940 e início dos anos 1950. No Brasil, o envelhecimento pode ser exemplificado numericamente pelo aumento da participação da população acima de 60 anos, em relação ao total da população, que era de 4% em 1940, e em 2000 passou a ser de 8%. Além disso, a proporção das pessoas mais idosas, ou seja, acima de 80 anos, também au‐ mentou, alterando a composição etária dentro do próprio grupo, ou seja, a população consi‐ derada idosa também está envelhecendo. O reconhecimento dos determinantes do envelhecimento ativo é de suma importância, pois permite delinear as ações necessárias. É inegável que o tempo aumenta a vulnerabili‐ dade e, portanto, facilita o surgimento de pro‐ blemas com repercussões amplas. Cada idoso dependente exige cuidados que demandam um dispêndio de tempo e recursos sob a responsabilidade de toda a sociedade. ● ViverBem DoutorCláudioLeão, clínico geral Fenômeno do envelhecimento Revista DIÁRIO - Junho 2015 - 56 A maioria dos países desenvolvidos aceitou a idade cronológica de 65 anos como uma definição de idoso ou pessoa mais velha, mas, como muitos conceitos ocidentais, esse não se adapta bem a situações de países empobrecidos. Doutor Cláudio Leão, Clínico geral e coordenador da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Camilo. Cláudio Leão
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