Revista Diário - 7ª Edição - Junho 2015
Revista DIÁRIO - Junho 2015 - 61 S egundo o médico nefrologista amapaense Jeff Mu‐ rilo Silva de Castro, 33, do Hospital de Clínicas Al‐ berto Lima (Hcal) e Instituto de Oncologia de Ma‐ capá (IOM), a doença renal é uma epidemia nacional: “Grandes estudos mostram que a incidência da doença aumentou muito nas últimas décadas porque a expec‐ tativa de vida cresceu em demasia, tanto que até 15/20 anos atrás os brasileiros tinham como expectativa, 55 anos, enquanto que hoje a média é de 70 anos, passando a haver maior incidência de problemas tumorais, dia‐ betes e hipertensão arterial sistêmica, que representam 80% das causas de doenças reais”, diz Jeff Murilo. Na opinião do nefrologista, que fez graduação na Universidade de Marília (SP), residência de clínica mé‐ dica no Hcal e de nefrologia no Hospital Geral de Forta‐ leza (CE), o problema não é localizado: “O problema é global. É uma epidesmia nacional. E o que é pior: não se trata de doenças que afetam em maior escala os mais velhos, porque a população jovem, principalmente crianças, vem sendo acometida cada vez mais por DRC. Nesse caso, a origem, na maioria, é a má formação con‐ gênita do trato urinário; outra ponte é o grupo chamado glomerulopatias (doenças auto‐imunes que acometem o rim, como gesf (Glomerulo Esclerose Segmentar e Fo‐ cal), nefrite lúpica e glomerulopatias pós‐infecciosa. O especialista revela que no Amapá 210 pacientes realizam hemodiálise. “A falta de estatísticas oficiais é um erro, e acaba contribuindo para desencontro de in‐ formações e até elaboração e execução de políticas pú‐ blicas de prevenção, e mesmo combate às doenças. Mesmo assim, diante da fragilidade da saúde pública, estamos conseguindo avançar. O governo do Amapá possui excelentes quadros na área de saúde, mesmo assim há necessidade de se investir muito mais, tanto em profissionais como também em equipamentos”, aconselha. ● Para especialistadoHospital da Clínicas, doençaéumaepidemianacional
RkJQdWJsaXNoZXIy NDAzNzc=