Revista Diário - 7ª Edição - Junho 2015
Revista DIÁRIO - Junho 2015 - 63 E specialistas observam que, acompanhando o déficit do consumo de proteínas e, principalmente, de energia, registra‐se reduzido consumomédio de cál‐ cio por parte da população. Em estudos nacionais, o con‐ sumo de cálcio de pessoas saudáveis, em cidades das re‐ giões Sul e Sudeste, variava de 974 a 1.182 mg/dia e, em Macapá (AP), assim como em Belém (PA), é de 792 mg/dia, todos bem acima do consumo de cálcio dos pa‐ cientes estudados (307 mg/dia). A orientação de médicos e nutricionistas é que se di‐ minua o consumo de alimentos ricos em fósforo, como o leite e seus derivados, com o objetivo de reduzir o consu‐ mo de cálcio. Para uma região farta em pescados, estudo da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) mostra que no Amapá há maior consumo de carne bovina e frango. O difícil acesso a essa fonte protéica e o fato de ser uma car‐ ne representada pelo peixe mais cara que a bovina e a de frango, não favorecem o consumo, principalmente na po‐ pulação constituída, na maioria, de pessoas com baixa renda familiar. ● Hábitos alimentares saudáveis fortalecema prevenção A mais eficiente forma de prevenir o surgimento de doenças renais, na opinião de Jeff Murilo, é a me‐ lhoria da qualidade de vida da população. “Quan‐ do há uma preocupação quanto a hábitos alimentares saudáveis, práticas de exercícios supervisionados, com a consequente fuga do sedentarismo, fatalmente haverá considerável redução da ocorrência, não apenas de doenças renais, como também, por extensão, de um grande leque de enfermidades”, adita. O especialista aponta, ainda, outra importante ferra‐ menta para a prevenção: “A população precisa deixar de lado o péssimo hábito de procurar médico quando já acometida por alguma doença. Consultas periódicas a médicos para um check‐up tornam‐se imperiosas para garantir uma boa saúde. No caso de doenças renais, po‐ de‐se comparar, por exemplo, ao câncer: quando diag‐ nosticado precocemente, as chances de cura são bem maiores. Assimmesmo ocorre com relação a doenças re‐ nais: se forem detectadas no início, as possibilidades de cura são infinitamente maiores”. A doença renal crônica é caracterizada por lesão renal ou redução da função renal por três ou mais meses, inde‐ pendente do diagnóstico que originou a lesão ou redução da função. É um problema de saúde pública que impacta tanto os pacientes, que passam por muitos sofrimentos, os familiares, que enfrentam as consequências inerentes, como também a sociedade e o sistema de saúde que tem que arcar com o ônus de um tratamento muito caro, o que seria evitado com a prevenção. Os fatores de risco para doenças renais crônicas são: diabetes, hipertensão arterial, obesidade, estresse, hábi‐ tos alimentares não saudáveis, histórico familiar de doença renal, doenças urológicas e infecções urinárias constantes. ● Melhoria da qualidade de vida evitasurgimentodedoenças
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