Revista Diário - 7ª Edição - Junho 2015

Revista DIÁRIO - Junho 2015 - 77 O desfecho trágico dessa his- tória que está fadada a marcar o já rico repertório de casos policiais parecidos faz surgir vários questionamentos, como: a geração atual de jovens está perdida? As perspectivas de futuro desta geração são nulas? A psicóloga Cleide Duarte, 43, tem uma resposta e traça umperfil de Sérgio Luiz. “É preciso que a famí- lia seja protagonista da evolução das crianças e acompanhe o seu desenvolvimento até o amadure- cimento, porque a formação do caráter, da personalidade, ao con- trário do que muita gente imagi- na, não esta associada à genética, à herança hereditária, mas sim à convivência. É preciso que todos despertem no sentido de que o ser humano do futuro depende do tratamento que é dispensado no presente, com desconfianças, limitações, elogios e censuras aliados à formação intelectual e moral, porque dessa forma se ob- terá resultados satisfatórios, com a formatação de uma pessoa com predicados positivos. É como uma planta: se não for regada, não sobreviverá”. ● N o relato de Sérgio Luiz, ele não tinhamotivo neminten- ção de matar Francisco das Chagas. Ao apertar o pescoço do “amigo”, segundo ele, imaginava que estava fazendo carinho. Só que, em inesperado surto, e de acordo com o primeiro depoi- mento à polícia, encontrava-se sob efeito de drogas, passou a ouvir vozes do além: “Aperte, aperte mais, mais ainda!” Estava selado o fimtrágico para o relacionamento. O babalorixá Carlos de Ogum tem uma explicação: “O rapaz é médium, e a família comcerteza ti- nha conhecimento ou desconfiava disso. As fotos que foram divulga- das depois do crimemostram isso, o olhar é enigmático e ao mesmo tempo firme e distante. Infeliz- mente, porém, ele não teve o trata- mento espiritual necessário. Esse fenômeno acontece emgrande es- cala, e o noticiário nacional, regio- nal e local é farto nesse tipo de ocorrência. É necessário que se deixe de lado as discriminações, e as pessoas assumam o dom da es- piritualidade e cumpram suas missões. Agora, não se pode des- prezar o fato de que o consumo de drogas atingiu proporções trági- cas, o que acaba influenciando no comportamento das pessoas, se- jammédiuns ou normais”. ● Qual o futuroda geração atual emmeio a tantas armadilhas? Interferência de espíritos navida material

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