Revista Diário - 8ª Edição - Junho 2015
Revista DIÁRIO - Julho 2015 - 18 Comportamento N a entrada do terceiro milênio, o ingresso das brasi‐ leiras na política institucional ainda é tímido. Porém, este éumquadroque já semostroumenos animador. Da promulgação da primeira ConstituiçãoRepublicana, em 1891, na qual as mulheres não foram incluídas como cida‐ dãs, apesar de possuírem, atualmente, níveis de escolarida‐ de superiores ao masculino, e de estar cada vez mais pre‐ sentes nomercadode trabalho, emnenhumâmbitoda vida social a participação de mulheres e homens é tão desigual como no exercício do poder. Seja em cargos eletivos, em postos de direção nos ór‐ gãos executivos ou no sistema judiciário, o poder ainda é predominantemente ocupado por homens. Somente em 2000 a juíza Ellen Gracie alcançou o topo da hierarquia do Supremo Tribunal Federal. O direito das mulheres de participaremda esfera pública, particularmente das instâncias de decisão, sobretudo o direito de se habilitarem a cargos executivos ou legislativos, foi conquistado através de um longo processo de lutas, sinte‐ tizado no chamado "movimento sufragista". Esse direito encontrou, porém, vários obstáculos de ordemmaterial – tempo, dinheiro, subordinação formal à autoridade pater‐ na ou conjugal. A década de 90 foi considerada favorável às mulheres brasileiras em relação à participação política no mundo. Houve umaumento importante no percentual de presença feminina nos cargos políticos, particularmente de repre‐ sentação legislativa e do executivo. Ao contrário de outros setores como os da educação e do trabalho, esse avanço ainda está longe de representar uma situação próxima do equilíbrio entre os sexos. Os homens continuamsendo am‐ plamente majoritários na política institucional. ● História Incentivo ● EllenGracie, primeira mulher presidente doSupremo Tribunal Federal E xiste um desafio permanente para que as mu‐ lheres sejam incentivadas a participar da polí‐ tica. Agora, é fundamental usar todos os instru‐ mentos para que se mostre a necessidade de uma no‐ va concepção na nossa sociedade, onde as próximas gerações nasçam e crescem pensando diferente, que homens e mulheres podem ter direitos iguais, inclu‐ sive na política. Na minha opinião, é necessário que os partidos políticos façam um trabalho no sentido de sensibili‐ zar as mulheres para que a participação seja mais efetiva e espontânea. Precisamos que os lideres polí‐ ticos trabalhem a participação das mulheres, façam formação política delas e deem condições para que atuem e se tornem lideranças para fazer uma disputa igualitária. ●
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