Revista Diário - 8ª Edição - Junho 2015
Revista DIÁRIO - Julho 2015 - 66 S erá que pa‐ lavras tão antigas di‐ tas por esses pensadores não caiam tão bem para tentar ex‐ plicar a crise po‐ lítica brasileira que atualmente transforma a vida dos brasileiros num verda‐ deiro inferno? Com tolerân‐ cia zero. Como resumiu um espe‐ cialista em política um dia desses em entrevista para um canal de televisão: “O brasileiro está saturado, e com a paciência nos pés... Chuta até cachorro morto”. Especialistas no assunto afirmam que talvez essa crise de representatividade deixe a sociedade no li‐ mite. As políticas públicas em voga, as medidas de gestão tomadas pelos poderes não conseguem tradu‐ zir as necessidades e os desejos da população. A per‐ cepção é que não há respostas para os questionamen‐ tos nem para as demandas do povo. Quando os polí‐ ticos tomam o poder resolvem por conta própria edi‐ tar as normas da administração pública sem consul‐ tar a população (maior interessada). O jeito é concordar com Platão, mais uma vez, que acreditava que “Seja na Monarquia ou Oligarquia (go‐ verno de poucos), quer seja na Democracia, os gover‐ nantes tendem a agir segundo seus próprios interesses, em vez de pensar no bem‐estar coletivo. Levando a mas‐ sa à ignorância geral, das virtudes fundamentais de constituir uma vida digna, da qual é composta de sabe‐ doria, piedade e acima de tudo, justiça. O país vive momentos de total desmoralização da política, obrigando os cidadãos a reverem conceitos, quebrar paradigmas, mudar comportamento. Fala‐se tanto em democracia, mas vale questionar que tipo é exercido? Será que é do tipo representativo ou direto? Não esquecendo, é claro, que o Brasil é o único país cuja gestão presidencial é feita por 28 partidos, cau‐ sando um numero exorbitante de divergências de pensamentos, fazendo verdadeiro terrorismo político com a população, desfocando os reais interesses, e simplesmente partem para o debate pessoal, esque‐ cendo o debate das ideias de interesse do povo. As po‐ líticas públicas aplicadas deixam perceptíveis as au‐ sências de lideranças políticas que possuam consenso ou mesmo metodologia de projetos e planos estraté‐ gicos que possam direcionar quem está no poder ou mesmo o povo. ● ...Seja na Monarquia ou Oligarquia (governo de poucos), quer seja na Democracia, os governantes tendema agir segundo seus próprios interesses, em vez de pensar no bem-estar coletivo... Comportamento
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