Revista Diário - 8ª Edição - Junho 2015

Revista DIÁRIO - Julho 2015 - 75 A m a p á ( E F A ) , inaugurada em 1957 e existente até hoje. Foram décadas e décadas de trabalho, suor e lágrimas em cima dos trilhos da ve‐ lha ferrovia, a única até então de bi‐ tola standard (1,435 m) no Brasil. Ela recebeu visitantes ilustres, entre eles alguns presidentes da repúbli‐ ca, como Juscelino kubitschek, que esteve no Amapá para o primeiro embarque de minério, em 10 de ja‐ neiro de 1957. No dia 28 de maio de 1958, uma viagem comemo‐ rativa do trem da EFA comemorava a mar‐ ca de 1 milhão de tonaladas de manganês transportado, menos de dois anos do início das operações férreas. A ferrovia sempre registrou números impressionantes, pois sua construção iniciou em março de 1954 e foi concluída em janeiro de 1957, quase três anos depois. Era a única ligação entre a capital Macapá e a cidade de Serra do Navio, onde uma vila modelo foi erguida, aos moldes norte‐americanos, mas com soluções para problemas ama‐ zônicos, como o clima quente e os mosquitos. Pelo trem viajavam do doutor ao operário da empresa, só que separados por vagões distintos, desde o executivo 401, para a chefia, até o mais popular, o 405, o famoso “chega pra lá”. A viagem na sexta‐feira de Serra do Navio para Santana era a “baixa‐ da” e a volta na noite de domingo era a “subida”. Uma rotina exaustiva‐ mente repetida toda semana por quem não tinha casa na Serra. ● ● Até hoje a ferrovia émuito utilizada por produtores rurais da regiãode Serra doNavio. ● Atualmente a viagemde trem paraSantana leva até oito horas para ser feita. A composição da Estrada de Ferro do Amapá (EFA) na estação de Serra do Navio, de onde tirava o manganês. Histórica… Foto: Arquivo

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