Revista Diário - 30ª Edição

serem escravos ambientais, para não poluír o ar e para garantir o clima da agricultura, da Amazônia, da Europa Ocidental; eles vão garantir as condições climáticas”. En- quanto isso eles podem aproveitar para gerar emprego e renda para todo mundo, aumentar o PIB, melhorar a renda per capita, e o Amapá vai ficando para trás. Diário – Daí o senhor ser essa voz contra tudo isso? Lucas – Sim, e ninguémme contesta. Por isso digo que agora temos voz, pois tenho falado inclusive sobre abrir a Renca, a Reserva Nacional do Cobre e Associados, pois isso significaria apenas quatro por cento de uma área de quatro milhões e meio de hectares no Amapá. E seria ainda uma ação localizada, onde tiver mina com respon- sabilidade social, ambiental! Eu nunca falei que nós vamos tirar uma reserva aqui outra ali, nada! Nós quere- mos o que foi separado para desenvolver; nós vamos guardar essa riqueza pra quem? Para qual outra geração? Para gerações de outros países? Diário – E há quem defenda que para isso não seria necessário regulamentar, pois já temos uma le- gislação ambiental consideradamuito avançada, com previsão de reserva legal e tudo mais. O senhor con- corda? Lucas – Sim, com certeza. E tem outra coisa: o presi- dente Bolsonaro poderia muito bem autorizar, por de- creto, mas eu pedi a ele que não fizesse isso para que a gente tenha um estudo a respeito, que primeiro façamos o georreferenciamento geológico, saber onde tem, o que tem, pois do lado do Pará são quase duzentos milhões de toneladas de fosfato orgânico, e hoje o Brasil importa no- venta e cinco por cento do fosfato que utiliza, da Rússia, o que é um absurdo, por estarmos a 134 quilômetros do porto. Então, é dessa logística, dessa produtividade que estamos falando desde que cheguei ao Congresso Nacio- nal, e é também o que está atraindo esses investimentos para o Amapá. Diário – Falando agora para o cidadão e a cidadã de bem do estado, nesta reta final do ano, senador, o senhor com toda essa argumentação poderia trans- mitir uma mensagem de otimismo aos amapaenses? Lucas – Sim. Quero deixar uma mensagem de Natal e fimde ano, que foi muito difícil, sim, não só para o Amapá, mas para o Brasil, mas eu penso que a nossa bancada unida conseguiu avançar bastante. Nós conseguimos quase R$ 80 milhões para a segurança pública. Foram 1.500 casas para o residencial Miracema. Aliás, esse foi o único projeto do Minha Casa Minha Vida que andou no Brasil; também junto com a bancada federal liberamos quase R$ 40 milhões para a saúde, mas também temos as emendas programadas para o ano que vem. Temos a construção do novo pronto socorro. Eu, a deputada Mar- civânia e o deputado Acácio colocamos R$ 25 milhões. Também estamos trabalhando com o presidente Davi Al- columbre para potencializar essas duas para o ano que vem, assim como os R$ 50 milhões para a BR 156. Então são muitos investimentos transformados em obras, como está sendo o da segurança pública, que está gerando em- prego e renda em quinze obras. Diário – Daí essa mobilização da bancada em torno de garantir o aporte de recursos federais para ajudar o estado e os municípios? Lucas – Exatamente. E ainda deveremos ter em breve o anúncio de mais uma obra grande, que deverá ser a nova penitenciária de segurança máxima do Amapá, que também vai gerar emprego na sua construção, um traba- lho do coronel Carlos, o secretário de segurança pública, juntamente com o Ministério da Justiça. Diário – Obrigado pela entrevista. Lucas – Eu que agradeço, desejando um feliz Natal e que Deus nos abençoe, nos proteja para que o Ano-Novo seja de trabalho, renda e que a gente consiga desenvolver mais e mais o Amapá. Revista DIÁRIO - Edição 30 - 13  O amapaense Luiz Cantuária Barreto tem 53 anos de idade, é casado, técnico de eletrici- dade, eletrônica e telecomunicações, nascido no dia 10/11/1964, em Macapá. Filiado ao PTB (Partido Tra- balhista Brasileiro), foi deputado estadual entre os anos de 1991 e 2006 (por quatro mandatos), tendo presidido a Assembleia Legislativa entre 2003 e 2004. Foi candidato à Prefeitura de Macapá em 2008, ficando em terceiro lugar na disputa, com 25,19% dos votos. Candidatou-se em 2010 ao go- verno, chegando a vencer o primeiro turno (28,93% dos votos), porém, sendo derrotado no segundo com 46,23% dos votos válidos. Em 2012, elegeu-se verea- dor pelo município de Macapá, com 3.895 votos. Em 2018 disputou o Senado. Foi eleito com 128.186 votos. Perfil...

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