Revista Diário - 30ª Edição

Revista DIÁRIO - Edição 30 - 25 cantins, na formação do PIB, os serviços representavam 73,97% com a administração pública contribuindo com 31,67%. Percebe-se que tanto no quantitativo da popu- lação rural, quanto no percentual da agropecuária na formação do PIB, que a produção agrícola utilizando o cerrado goiano tem um peso maior que no Amapá, onde a mineração sempre desempenhou um papel de desta- que na formação do PIB. Nos aspectos ambientais, as áreas protegidas no Amapá representavam aproximadamente 70% do terri- tório estadual, segundo Silva (2015), enquanto em To- cantins, de acordo com Pizzio et al. (2015), o percentual das áreas protegidas representava 22,93% da extensão territorial daquele estado. Quanto à integração regional, Tocantins se integra ao país por transporte rodoviário, com sua capital, Palmas, distante 805 quilômetros de Brasília ou 625 quilômetros em linha reta com um tempo de voo de 48 minutos a 800 km/h, enquanto o Amapá ainda não se encontra inte- grado ao resto do país por transporte rodoviário, devido à sua localização à margem esquerda do rio Amazonas no extremo norte do país, com sua capital distante de Brasília em 1.795 quilômetros em linha re ta com tempo médio de vo o de 2 horas e 12 minutos a 800 km/h, se- gundo o site www.distanciascidades.com. Detalhe s O professor Antonio Sergio Filocrião, professor-dou- tor da Unifap, apresenta um detalhamento dos objetivos e resultados esperados com a cooperação acadêmica e discute as principais contribuições do Programa de pós graduação em Desenvolvimento Regional para o desen- volvimento cientifico do Amapá e o fortalecimento da pós graduação na Unifap, de 2006 a 2018. “Espera-se que no fim da cooperação o Mestrado em Desenvolvimento Regional da Unifap com nota 3 na ava- liação quadrienal da Capes atinja a nota 4 e consiga criar o Doutorado em Desenvolvimento Regional, enquanto os Mestrado e Doutorado emDesenvolvimento Regional da UFT com nota 4 alcancem a nota 5, e os Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional da Furb com nota 5 cheguem à nota 6 na avaliação quadrienal da Capes, cuja pontuação máxima é 7”, prevê o doutor pro- fessor. Quanto aos resultados imediatos para a sociedade amazônica, relata Filocrião, haverá produção cientifica gerada pelas equipes envolvidas prevista em cinco livros, 25 dissertações de mestrado e 30 artigos científicos em revistas especializadas nacionais e internacionais publi- cando os resultados dos estudos que serão, também, di- vulgados e debatidos em quatro grandes eventos científicos nacionais em desenvolvimento regional em Palmas, Macapá e Blumenau. Essa produção cientifica poderá ser utilizada tanto por acadêmicos quanto pelos formuladores das políticas públicas no aprimoramento de suas ações na região. Também está prevista a criação de observatórios em desenvolvimento regional na UFT e na Unifap, aprovei- tando a expertise da Furb. Esses observatórios armaze- nam as diversas estatísticas sociais, econômicas e ambientais dos estados que são geradas por diferentes órgãos públicos e privados como IBGE, Caged, Ipea, Pnud etc., e através das análises quantitativas e qualitativas dos seus professores geram os informes sobre as condi- ções do desenvolvimento regional que estarão disponi- bilizadas à sociedade para as suas tomadas de decisão. Desenvolvimento científico emperrado O estado do Amapá, em que pesem os grandes e in- frutíferos esforços dos governos para desenvolver a pes- quisa científica e a pós graduação, desde a sua criação, em 1988, até o ano de 2005, teve seu desenvolvimento  Professor Antonio Sergio Filocrião