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Viver Bem

Doutor

José

S6vlo

S.

Ferreira

Médico hematologista especialista pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo com título de especialista

pela ABHH(Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia eTerapia Celular)

Saiba mais sobre

Leucemia Mielóide Crônica

Normal

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Leucemia

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Leucemia Mielóide Crônica (LMC) é uma

doença clonal maligna caracterizada por

uma excessiva proliferação da linhagem

mielóide da medula óssea. Pode apresentar-se em

Fase Crônica (FC), Fase Acelerada (FA) e Fase

Elástica (FB) ou leucemia aguda, conforme o seu

grau de diferenciação celular. A doença é asso–

ciada a uma anormalidade citogenética específi–

ca, o Cromossoma Philadelphia (Ph), que resulta

de uma translocação recíproca entre os braços

longos dos cromossomas 9 e 22, isto é, a t(9;22)

e leva

à

formação de um novo gene leucemia-es–

pecífico, o BCR-ABL, detectável por técnica de

polymerase-chain-reaction assay (PCR).

Com os tratamentos atuais, mais de 70% dos

pacientes conquistam a remissão completa do

mal (quando nos exames não consta mais ne–

nhum sinal da doença).

Os principais sintomas são: palidez, resultan–

te de anemia; cansaço e mal-estar; desconforto

no lado esquerdo do abdômen - o baço aumenta

muito de tamanho; suor excessivo; perda de pe–

so; hematomas. Esses sintomas são comuns a

outras doenças hematológicas e infecciosas, por–

tanto, é fundamental procurar um médico espe–

cialista para uma avaliação criteriosa.

É

importante saber que o quanto antes a

LMC for descoberta, melhor. O diagnóstico pre-

Revista

DIÁRIO

-

Edição 28 - 37

coce é fundamental para a obtenção de melhores

respostas ao tratamento.

Em muitos casos os pacientes são assinto–

máticos e apresentam apenas alteração no he–

mograma ao diagnóstico. O diagnóstico é feito

pelo hematologista através de exames específi–

cos como mielograma, biópsia de medula óssea,

exames citogenéticos (cariótipo e em alguns ca–

sos FISH) e ainda, o teste molecular de reação

em cadeia da polimerase (PCR), utilizado para

o diagnóstico e acompanhamento da doença.

Ele mede, no sangue ou medula óssea, a quan–

tidade do gene de fusão causador deste tipo de

câncer, o BCR-ABL.

Hoje, o tratamento para a LMC está muito

avançado e a maior parte dos pacientes conquista

a remissão completa (quando não consta mais si–

nal da doença nos exames). Os chamados inibi–

dores da tirosina quinase são uma grande revo–

lução terapêutica para doenças oncohematológi–

cas e hoje tornaram-se o tratamento padrão para

este tipo de leucemia. Também chamados de te–

rapia alvo, eles apresentam resultados cada vez

mais promissores, pois combatem apenas as cé–

lulas doentes e proporcionam uma vida normal

aos pacientes, com poucos (ou sem) efeitos co–

laterais. O médico hematologista é quem definirá

qual a melhor opção terapêutica.