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Revista

DIÁRIO

- Novembro 2015 -

11

S

eguiram‐se várias demonstrações sobre como

obter água, fogo, abrigo, alimentos da vegeta‐

ção e proteínas animais, como aves – que na si‐

mulação foram substituídas por frangos. Amostras de

raiz, de plantas para chá e vinhos de palmeiras, como

a do açaí e da bacaba, foram distribuídos aos estagiá‐

rios. Mas um dos momentos emblemáticos foi o

consumo da larva do coco, que pode ser comida ainda

viva – mais recomendado – o que serviu como teste de

fogo para os jovens estagiários. "Tem gosto de coco

apenas”, dizia a jornalista amapaense Karla Samara,

que também é soldado do Corpo de Bombeiros Militar

do Amapá.

Ao im do treinamento, já tendo passado bem da ho‐

ra do almoço, os alunos do Ecam puderam consumir o

“sopão” de que tanto se fala quando os recrutas passam

pela Operação Boina e a Sobrevivência na Selva. Na ver‐

dade, os jornalistas consumiram uma boa e velha canja

de galinha, sem temperos ou legumes, mas que serviu

para dar um “tapa” na fome que já apertava...

No treinamento real dos militares, tanto os recru‐

tas como oficiais e sargentos que são transferidos de

outras partes do país para organizações militares da

Amazônia, o sopão é feito com as sobras dos animais

usados para a demonstração dos alimentos de origem

animal.

ÁGATA

Foram selecionados seis estagiários do Ecam para a

cobertura de uma missão real. Eles embarcaram em um

avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em direção a Oia‐

poque, palco da Operação Ágata 10, na faixa de fronteira

dos estados do Pará e Amapá. Neste ano, 1.400 militares

da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, além de cem

pro issionais dos órgãos de segurança pública e agências

do Estado Brasileiro, como a Fundação Nacional do Índio

(Funai), Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), Ins‐

tituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

(ICMBio) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos

Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Ministério do

Trabalho, entre outros. Ao todo, cerca de dois mil quilô‐

metros de fronteiras, entre os municípios de Oiapoque

(AP) e Oriximiná (PA), foram cobertos pela Operação,

comações militares preventivas e repressivas na fronteira

marítima com a Guiana Francesa, nas águas interiores e

na faixa de fronteira, que se situa a 150 quilômetros a

partir da divisa. O objetivo era contribuir para a redução

das ações do crime organizado, práticas ilícitas e intensi‐

icar a presença do Estado nas áreas. Forampatrulhamen‐

tos e controle de vias terrestre, luvial e aérea; levanta‐

mento, autuação, interdição e destruição de pistas de

pouso clandestinas; iscalização de produtos controlados

e apreensão de materiais irregulares.

A instruçãosobrecomoobter fogo, águaealimentosdeorigemvegetal eanimal foi numaáreadematano34ºBIS,

unidadedoExércitoemMacapá.