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Revista

DIÁRIO

- Novembro 2015 -

51

MundoPet

U

ma realidade é certa. Gary L. Francione não errou ao

dizer "... não consideramos os animais como seres

com valor intrínseco, e protegemos seus interesses

apenas até onde nos bene iciamos fazendo isso".

Traduzindo: as autoridades públicas, grandes empre‐

sários e a sociedade em geral só ajudam a causa animal

se forem bene iciados de alguma forma. Não é à toa que

desde que me entendo por gente a saúde, segurança e

educação, mesmo tendo recursos federais, orçamentos

próprios, estrutura e pessoal capacitado estão em contí‐

nua queda livre rumo à de iciência e estagnação. Imagi‐

nemagora quem se compromete a ajudar a causa animal,

seja outra causa qualquer.

Sem recursos, estrutura ou ajuda do poder público, o

resultado é esse que constatamos todo santo dia! Todos

queremos uma sentinela, um soldado, um vigilante, uma

pessoa que zele ou que lute por seus interesses/direitos,

enquanto você ou nós descansamos e desfrutamos o sono

dos justos.

Contudo, para que esse soldado, essa pessoa combata

as injustiças em nome de cidadãos de bem, em nome dos

animais, meio ambiente, segurança, educação, saúde e to‐

dos os outros fatores/segmentos que merecem toda aten‐

ção necessária dentro de uma sociedade, precisa e neces‐

sita de "armas" oumecanismos para desenvolver umbom

trabalho, independentemente da aérea ou causa que atua.

O triste disso tudo é que quem trabalha comvidas (hu‐

manas ou não) não pode esperar essa tal de burocracia ou

"idiotacracia" ditar as regras. Por que estou falando tudo

isso? Porque em um belo dia estava eu assistindo a uma

matéria jornalística na TV. A reportagem falava sobre a

dengue. Pois bem, osmoradores de umbairro emSão Pau‐

lo izeramuma vaquinha e contrataramuma empresa par‐

ticular especializada em coleta de lixo para recolher todo

o entulho acumulado emuma esquina que infelizmente es‐

tava lá há semanas, depositado pelos própriosmorados da

região. Todo esse lixo estava servindo de criadouro ou ber‐

çário para várias doenças, inclusive a dengue. Os morado‐

res uniram‐se e juntamente coma empresa limparamtodo

o local. Mas para o espanto geral no outro dia já tinha no‐

vamente quilos e quilos de lixo depositados por outrosmo‐

radores da mesma localidade, no mesmo local... Aí um ci‐

dadão falou: "Se cada um izesse sua parte essa situação

seria diferente".

Moral da história: As pessoas (sociedade), mesmo es‐

tando dentro domesmo barco só lutamou saemda sua zo‐

na de conforto quando a sujeira, fedor ou o problema está

na sua porta. Quando essemesmo fedor, sujeira ou proble‐

ma desaparece de sua porta ou da sua vida o problema já

nãomais pertence a ela; que se dane o vizinho, que se dane

o próximo, que se dane o mundo...

Oque podemos fazer paramudar isso? Conscientização

coletiva, atitude, respeito e educação para com o próximo.

Vamos tentar retirar essas palavras do papel e começar a

praticá‐las para o nosso próprio bem, assim como para o

bem de toda a sociedade?

Qual

tratamentocorreto

adar aosanimais

HomeroAlencar,

ativistados direitos dos animais