

econômico para o Amapá que seja descolada da
sustentabilidade. Segundo Randolfe, é possível
gerar riquezas preservando o meio ambiente e que
isso já é exigência inclusive de parcela dos merca–
dos consumidores internacionais.
"Sou radicalmente contra a proposta de desma–
tamento de 20% das terras amazônicas, como si–
naliza o plano de governo de Jair Bolsonaro,
visando expandir a economia na região. Se fizer–
mos isso, pode até expandir a produção, mas não
teremos a quem vender, pois os mercados consu–
midores de grãos não aceitarão essas condições",
anteviu o senador da república.
Na visão do entrevistado, prejudicar o comércio
multilateral comprometerá gravemente a econo–
mia do Brasil, pois será um verdadeiro tiro pela
culatra no próprio agronegócio, que responde por
¾
de todas as riquezas no país, isso só falando
sobre os impactos negativos para a própria econo–
mia, sem levar em conta os danos irreversíveis
para a Amazônia.
Randolfe também se comprometeu com a qua–
lificação dos serviços públicos e com a defesa dos
povos indígenas que estão sob forte ameaça do go–
verno
federal. Para ele, é preciso implantar um
modelo de desenvolvimento sustentável para a
Amazônia. Um modelo que não agrida o meio am–
biente e que não gere consequências danosas ao
planeta, como a Zona Franca Verde do Amapá
sobre a qual defende pronta implementação e de–
senvolvimento.
O senador garantiu que seu mandato é direcio–
nado a atender os anseios do povo, assim como as
emendas que destina. "O povo do Amapá pode es–
perar de mim empenho incansável com os compro–
missos que assumi. Estive, estou e sempre estarei
ao lado do povo amapaense. Foram eles que me de–
signaram para exercer a função de senador", des–
tacou.
Randolfe Rodrigues não esconde o sonho de
concorrer a um cargo executivo, como por exemplo
governar o estado do Amapá, mas que isso só se
dará pelo desejo da população, dos partidos do
campo alternativo ao qual está alinhado e do me-
recimento pelo seu desempenho como senador no
novo
mandato.
Ele falou sobre o assunto ao ser indagado ares–
peito do fato de ter sido o senador mais votado da
história do Amapá e o segundo mais votado pro–
porcionalmente do país, o que lhe daria know how
para disputar o
governo
amapaense em 2022.
Porém, observou que tem quatro anos pela frente
de um trabalho árduo no Senado e que este é o seu
compromisso, no momento.
"Posso adiantar que não descarto a hipótese
de vir a concorrer. Mas a hora é de honrar cada
voto
que me foi confiado, exercendo da melhor
maneira possível o papel de senador, sendo ho –
nesto, trabalhador e com firmeza na defesa dos
princípios democráticos que sempre me nortea–
ram", concluiu Randolfe.
Revista
DIÁRIO
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