Ainda de acordo com a obra do economista Joselito
Santos Abrantes "Desenvolvimento em regiões periféricas
do capitalismo (Limites e perspectivas no caso do Estado
d~Amapá - 1966 a 2006), p, 104 e 296, em que apresenta
o Indice de Desenvolvimento Econômico e Social do Es–
tado do Amapá (Idesap), que é definido como resultante
da conjunção de dados quantitativos relativos a indicado–
res das áreas social, econômica e infraestrutura [...] con–
clui-se que o Amapá vem se desenvolvendo, ainda que
modestamente, tanto na sua fase de território como no pe–
ríodo de estado, pois apresentou muitas mudanças socioe–
conômicas em ambos os períodos.
Após três décadas da sua criação, o Amapá enfrenta
desafios: o principal deles é a taxa de desocupação que
no 3º trimestre de 2018 foi de 18,3%, a mais alta do país.
O Amapá já vem liderando este ranking pelo quarto tri–
mestre consecutivo. São 69 mil pessoas desocupadas em
todo o estado, segundo o IBGE.
O Centro de Liderança Política (CLP) elabora o ran–
king de competitividade dos estados e avalia as boas prá–
ticas na administração pública em 10 pilares estratégicos
desde 2011. Com base em 68 indicadores, que são rea–
valiados a cada ano, fornece uma visão sistêmica da ges–
tão pública estadual. No ranking de 2017, o Amapá ficou
na 26ª posição de competividade entre os estados. As
áreas que se destacaram foram a sustentabilidade ambien–
tal, a situação financeira do estado e o potencial de mer–
cado voltado para a infraestrutura. Enquanto isso, os prin–
cipais desafios incluem educação, investimento em ciên–
cia e tecnologia e qualidade na transparência do serviço
público.
O Amapá, na busca pelo desenvolvimento e cresci-
menta econômico, exige dos seus gestores o máximo de
eficiência, já que os recursos estarão cada vez mais es–
cassos. O CLP indicou os rumos que devem ser tomados
pelos gestores.
É
preciso que a administração estadual
priorize a qualidade na educação pública, o investimento
em pesquisas para produzir conhecimento e interagir nas
mais diversas áreas, de forma a minimizar os custos e tra–
zer eficiência na produção e fornecimento de serviços,
bem como agir com transparência aos atos e fatos gera–
dos pela administração pública, buscando um comparti–
lhamento entre o poder público e a sociedade, represen–
tada por diversos grupos como ONGs e associações.
A função do poder público é criar condições ao setor
privado para a geração de emprego e renda, e fiscalizar
as suas atividades de modo a manter a legalidade e a
competitividade. A efetividade das políticas públicas de–
vem ser ampliadas visando a oferta de serviços públicos
de qualidade. O Amapá somente poderá se desenvolver
de verdade se a infraestrutura necessária se fizer presente.
Inclui-se aí, prioritariamente, abastecimento e tratamento
de água e esgoto, portos, aeroportos, rodovias, ferrovias,
e internet de boa qualidade. Afinal, é o que a população
espera de um estado jovem e com potencial para crescer.
• As rodovias,
como a AP 010,
estão entre
os serviços
de infraestrutura
necessários
para o estado
do Amapá
se desenvolver
de verdade.
Revista
DIÁRIO
-
Edição 29-
47