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2

mil

toneladas acapacidade de cargas

Essa portaria da Marinha pode

parecer pouco, mas 20 centímetros

a mais no calado operacional na

Barra Norte do Amazonas é o sufi–

ciente para um significativo au–

mento da capacidade de cargas dos

navios que operam na região.

A

Praticagem do Rio Amazonas

(ZPl), por intermédio da Coopera–

tiva de Apoio e Logística aos Práti–

cos (Unipilot), em convênio com a

UFRJ e o Comando do 4ºDN, além

do apoio da Cargill-Santarém, rea–

lizou a primeira travessia na foz do

rio Amazonas (Barra Norte) com

navio calando 11,70 metros, e ore-

sultado foi bastante comemorado.

A

navegação foi realizada pela

Praticagem com o navio STH At–

hens, das ilhas Marshal, transpor–

tando milho. Foi a primeira das dez

passagens teste para homologação

do novo calado definido pela Mari–

nha do Brasil, através da Portaria

nº230/Com4ºDN, de 24 de julho de

2018. O evento faz parte da pri–

meira etapa do Projeto do Calado

Dinâmico da Barra Norte, do co–

mandante do 4º Distrito Naval, o al–

mirante Edervaldo Teixeira. "O

calado anterior era de 11,50 me-

tros e aumentamos para 11,70, o

que já eleva em quase duas mil to–

neladas a mais a capacidade de

carga dos navios", disse o militar.

Em dois dias, a Praticagem rea–

lizou a navegação do Navio Mer–

cante STH Athens, que possui 199

metros de comprimento por 32,25

metros de boca.

A

embarcação car–

rega aproximadamente 60 mil to–

neladas de milho, com um calado

de 11,70. Cumprindo os requisitos

da portaria da Marinha para a ho–

mologação do novo calado, sendo a

primeira das dez travessias propos–

tas pela portaria.

•MERCADO

Com este aumento de calado,

cada navio vai transportar cerca de

1.800 toneladas a mais, cerca de 90

caminhões.

A

cada 20 navios,

afreta-se um navio a menos. Isso, a

partir de hoje, já é disponível. Os

testes ainda vão avaliar pensando–

se em permitir chegar a 12,30m ou

mais 6.000 toneladas por cada

navio. "Com isso, exportar pelo

Amapá será ainda mais atrativo.

Por padrão, a China recebe navios

de soja com 13,20 de calado. Já po–

demos iniciar a discussão de um

Revista

DIÁRIO

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Edição 29 -

59

porto de soja em Santana para 5

porões, ou seja, 200 metros de

comprimento, ou até sob quais con–

dições de rebocadores para navios

de 7 porões, sendo 225 metros os

novos a 240 metros os antigos", diz

o vice presidente mundial da Prati–

cagem, capitão Ricardo Falcão.

A

singradura teve como práticos

os especialistas Leandro Caiaffa

Orcay e Francisco Negrão, os quais

realizaram uma manobra segura,

que convalidou todos os estudos

feitos preliminarmente pela prati–

cagem em conjunto com a UFRJ,

onde demonstra que com o auxílio

da maré é possível navegar com

esse calado ou maior em 80% dos

dias do ano, aumentando de forma

gradativa e totalmente segura o ca–

lado de navegação na foz do rio

Amazonas até os 12,30m, de

acordo com a altura de maré do dia,

segundo a Praticagem. "Aumen–

tando assim a competitividade para

toda região, igualando a capacidade

de outros portos brasileiros, permi–

tindo o aumento do investimento

na região e consequente aumento

no número de terminais e geração

de emprego e renda", conclui.•