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Janete

Capiberibe

Papaléo

Paes

Fátima

Pelaes

Marília

Góes

João

Henrique

Francisca

Favacho

Revista

DIÁRIO

- Novembro 2015 -

75

D

os mais antigos, que disputam o poder há mais de

25 anos, sobreviveram os que de alguma forma

mantiveram seus feudos eleitorais em fornos

quentes. Alguns eleitos, outros não, porém todos ainda no

tabuleiro do jogo. Ou seja, não serviram para somente

reconfigurar o quadro de lideranças políticas, como

também para reafirmar o poder das oligarquias locais que

lançaram no cenário as novas gerações com o intuito de

dar continuidade na linhagem política.

As velhas ‘raposas’ continuam no páreo e entre elas

estão o atual senador João Capiberibe e sua esposa, a

deputada federal Janete Capiberibe (ambos do PSB),

o governador Waldez Góes e esposa deputada estadual

Marília Góes (PDT), o ex senador Gilvam Borges (PMDB), a

ex deputada estadual Francisca Favacho (Pros), ex

deputada federal Fátima Pelaes (PMDB), vereador João

Henrique (Pros), o vice governador Papaléo Paes...

e por aí vai.

Manutenção

dopoder

Velhas

‘raposas’

individualismo de sempre que os leva para os mesmos

caminhos em função do instinto de sobrevivência”,

analisa um dos estudiosos da política amapaense, o so‐

ciólogo Job Miranda.

OLIGARQUIAS

Se antes a velha geração de políticos pautava suas

gestões em soluções paliativas para os graves problemas

do estado e municípios, a nova geração vai aos poucos

traçando caminhos não tão diferentes assim, seguindo

a mesma cartilha, sem inovar no modelo de gerir o de‐

senvolvimento econômico e social do próprio local em

que vive. Nesse sentido, o escritor e sociólogo Fernando

Canto indica que o velho hábito de gerenciar a política

local tem origem nas oligarquias tradicionalistas.

“A presença das oligarquias no Amapá, além de

muito forte, é nociva ao estado porque estabelece os

mesmos valores (da relação política e poder) ao longo

de décadas e que dificilmente são rompidos”, analisa o

escritor Fernando Canto.

As últimas eleições estadual e municipais subscre‐

vem e solidificam o pensamento comum dos dois so‐

ciólogos. Os processos eleitorais deram vez e voz a no‐

vos rostos da política amapaense. A renovação chegou,

em alguns casos, como o da bancada federal, a 70% –

fruto da insatisfação popular o do modelo do sistema

eleitoral adotado no país – e de pouco mais de 40% na

Assembleia Legislativa.