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o rol da nova geração, alguns deles recém chega‐

dos no tão desejado jogo político, há nomes como

o do prefeito Clécio Luís (atualmente sem parti‐

do); senador Randolfe Rodrigues (Rede); o ex governa‐

dor Camilo Capiberibe (PSB); deputado estadual Júnior

Favacho (PMDB); o presidente da Câmara Mu‐

nicipal de Macapá, Acácio Favacho (PMDB);

deputado federal Nilson Borges (PMDB), o

ex deputado estadual Jorge Amanajás

(PPS); o presidente da Assembleia Le‐

gislativa, Moisés Sousa (PSC); senador

Davi Alcolumbre (DEM), o deputado

estadual Ericláudio Alencar

(PRB)... e outros que podem

crescer ou icar pelo meio do ca‐

minho. Vai depender do comporta‐

mento e de suas estratégias para sobrevivem num am‐

biente hostil onde só sobrevivem os mais astutos.

Desde a criação do Território Federal do Amapá, em

13 de setembro de 1943, não se discute projeto político

para o desenvolvimento da região. O que mantém quente

a chapa da disputa eleitoral são os projetos de poder, o

principal motivo que move partidos e grupos políticos.

Em 1995, o então governador João Capiberibe (PSB)

ensaiou um programa de governo calcado no desenvol‐

vimento sustentável da região, mas ele próprio se encar‐

regou de suplantá‐lo quando colocou em primeiro plano

o seu projeto de poder oligárquico, abrindo caminho pa‐

ra o diagrama pedetista de Waldez Góes.

Para Fernando Canto, que também é historiador, o

motivo cardinal que impede o avanço das novas lideran‐

ças políticas no Amapá são os projetos familiares. “A po‐

lítica amapaense enveredou por um caminho antigo da

política brasileira, a política dos coronéis, a formação das

oligarquias, isso sucessivamente”, diz ele, lembrando ser

Janary Nunes quem iniciou esse modelo elegendo o pró‐

prio irmão, Coaracy Nunes, deputado federal, e poste‐

riormente sendo fator de peso na indicação de seu irmão

Pauxis Nunes para o governo do Território.

Fernando Canto lembra que depois vieram outras oli‐

garquias, como a Barcellos, Capiberibe, Borges, Góes, Fa‐

vacho e, mais recentemente, os Reátegui e Gurgel, que de

alguma forma mantêm‐se no poder, com seus respectivos

projetos familiares. “No Amapá, praticamente todas as li‐

deranças políticas se organizam familiarmente. E, claro,

surgiram novas lideranças, algumas até talentosas, e isso

de alguma maneira impede o surgimento de lideranças

independentes”, considera o escritor.

OS DESAFIOS DA

NOVA GERAÇÃO

A nova geração de políticos, salvo as devidas propor‐

ções e exceções, vem sendo forjada em meio a escânda‐

los, decepções e angústias. “Quando uma liderança de oli‐

Revista

DIÁRIO

- Novembro 2015 -

76

Política

Randolfe

Rodrigues

Clécio

Luís

Camilo

Capiberibe

Júnior

Favacho

...As lideranças

políticas independentes

precisam enfrentar essa

realidade oligárquica. O

estado precisa de uma

nova forma de condução

política que não seja

aquela dos

amigos do rei...

Fernando Canto,

sociólogo