Revista
DIÁRIO
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Edição 19 -
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S
erra do Navio já foi considerado como um dos
maiores propulsores da economia do Amapá por
contada exploraçãodomanganêsdurante50anos
pela Indústria eComérciodeMinérios S/A(Icomi), res-
ponsável pela construção de toda a infraestrutura ur-
bana, dotando-a de saneamentobásico e uma dasmais
eficientes redes de atendimento na área de saúde das
regiões norte enordeste, referênciapara tratamentode
várias doenças demédia e alta complexidade.
Em1947 a Icomi venceu a licitaçãopara exploração
domanganês na SerradoNavio, noentãoTerritórioFe-
deral do Amapá. Diante da necessidade de maiores in-
vestimentos, em 1950 a empresa norte-americana
BethlehemSteel Company, se tornou sócia com49%do
empreendimento. A Estrada de Ferro do Amapá (EFA)
começou a ser construída emmarço de 1954 e foi con-
cluída em janeiro de 1957.
Em1980aBethlehemvendeusuaparticipaçãopara
a Caemi, sendo a exploração de manganês encerrada
em 1997. O trem continuou a circular transportando
modesta quantidade de cromita epassageiros. Em
março de 2006 a MMX Mineração e Metálicos, de pro-
priedadedomilionárioEikeBatista assumiuo controle
da ferrovia. O valor da concessão, de 814 mil reais, foi
pago no ato da assinatura do contrato.
AMMX Logística ofereceu garantias de 7,8 milhões
de reais para operar o contrato, e ficouobrigada a fazer
investimentos de 40,7 milhões de reais nos 193 quilô-
metros de estrutura ferroviária do Amapá no prazo de
dois anos após a assinatura do contrato, mas isso não
ocorreu e pouco tempo depois aMMX foi vendida para
a Anglo American, repassando-a pouco tempo depois
para a mineradora Zamin, que posteriormente parali-
sou suas atividades, deixando para trás graves proble-
mas sociais e impagáveis dívidas trabalhistas. Estas
duas últimas empresas estão sendo acionadas nos tri-
bunais brasileiros e ingleses pelo Ministério Público
para ressarcimento dos danos ambientais causados ao
Pendências
administrativase j