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Perfil

“Refr

sefa

O compositor e intérprete estev

de uma das conversas mais livr

do rádio amapaense, no progra

FM 90,9). Ele veio à capital, m

como convidado de honra do F

de Todos os Tempos”, evento d

P

arece incrível, mas o sambista revelou que pela primeira

vez ouviu a expressão ‘Lenda viva’. O bom, pra ele, é que

a expressão foi pronunciada a seu respeito pelo ouvinte

Ricardo Barbosa de Andrade, de Niterói, onde Dominguinhos

tambémmorou. Depois de rápido colóquio com o artista, lem-

brando endereços da cidade fluminense e de realizações car-

navalescas, Ricardo chamou Dominguinhos de “Lenda viva do

carnaval”. Ricardo, hoje residente em Macapá, participou do

programa, pelo telefone.

“Nunca ouvi isso, não, mas muito me honra”, respondeu o

artista sobre a tal lenda viva.

Dominguinhos tacou que “Bum, bum, é o canhão da Forta-

leza” é um achado de Francisco Lino, o ‘Menestrel’, referindo-

se ao samba-enredo ‘Fortaleza, o Atalaia do Norte’, da

Universidade de Samba Boêmios do Laguinho, no carnaval de

1975, ainda na Avenida FAB. A antológica criação foi escolhida

“O Melhor Samba Enredo de Todos os Tempos” no Amapá.

Sobre refrão carnavalesco, o compositor e intérprete carioca

ensinou que é feito pra ensinar o bêbado cantar. “Veja esse que

que não canta isso? E este também: ‘Explode coração/Namaior

felicidade/É lindo meu Salgueiro/Contagiando e sacudindo

esta cidade’. Fazer o fácil émuito difícil, como disse Chico Buar-

que de Hollanda, numa entrevista a Leda Nagler, mas pega bem,

principalmente pro bêbado cantar. Refrão de carnaval é isso”.

Falar em bêbado, o incrível também revelado por Domin-

guinhos do Estácio é que ele não ingere bebida alcoólica. “Não

bebo; nunca bebi, graças a Deus”, testemunhou. Mesmo assim,

sempre na avenida e nos palcos cantando de cara limpa, o in-

térprete teme que o carnaval do Rio deste ano e os três mais

próximos percam muito do brilho com a ascensão do bispo

Marcelo Crivela como prefeito da cidade.

“Agora, no Rio de Janeiro, o prefeito é evangélico. Estamos

fritos”, gozou Dominguinhos, depois de antes dizer que é difícil

comparar o bicheiro que banca o Carnaval do Rio de Janeiro

com o ex governador Sérgio Cabral. “O bicheiro cumpre com a

palavra; com o Cabral a gente vê o que aconteceu”, constatou.

Dominguinhos do Estácio é passarinheiro. Ele disse que

hoje em dia não dá mais pra tratar muito bem com esse negó-

DominguinhosdoEstác