"Vamos manteracultura de transparência
que distingue
o
Sebrae no Amapá"
uiz lraçu Guimarães Colares tomou
posse como presidente do Conselho
Deliberativo Estadual do Sebrae no
Amapá depois de há 20 anos ter
exercido omesmo cargo na
instituição. Pecuarista, lraçu éum
conhecedor profundo dos grandes e
pequenos negócios do Amapá.
Além de presidente da Federação da
Agricultura local, ele preside oSenar, entidade
que trabalha fomentando aaprendizagem
técnica rural, destinada apequenos
produtores. lraçu Colares atesta que de 20
anos pra cá oSebrae no estado cresceu
enormemente,pontificando uma cultura de
transparência que ele pretende continuar.
evista Diário do Amapá
-
O senhor já es–
teve na direção do Sebrae no Amapá. Qual
a diferença, na instituição, entre quando a
deixou e agora, ao reassumir o cargo?
Iraçu Colares
-
Encontro agora um outro
Sebrae.
A
instituição cresceu física, orçamen–
tária e patr imonialmente, em especial no
corpo de colaboradores. Cresceu também em
competência. Não tenho números exatos, mas
há 20 anos, de 10% a 15% dos colaboradores
tinham curso superior. Agora, essa pirâmide
está invertida: os colaboradores com curso superior são
de 80% a 85%.
Diário
-
Há muita coisa para inovar no Sebrae ou
a organização vai bem ao ponto de sua gestão ter a
tarefa de apenas prosseguir na administração do que
já está feito?
Iraçu
-
Nesses 20 anos em que estive fora da di reção
do Sebrae Amapá, por aqui passaram Jaime Nunes, Al–
berto Góes, Alfeu e o Mateus, que me antecedeu. Foram
diretorias diferentes, mas todas afinadas com o Sistema
S, cuja cabeça está em Brasília. Eu não vejo muita coisa
a fazer. Na verdade, orgulha-me a seriedade com que o
Seb rae o Sebrae atua. Desde a sua instalação aqui no
Amapá, o Sebrae não sofreu sequer um puxão de orelha
dos órgãos controladores, nem mesmo do TCU. Passa–
mos todo esse tempo incólumes.
Diário
-
Osenhor
é
pecuarista, inclusive dirigente
de uma entidade do setor. Isso não impede um de–
sempenho de dedicação exclusiva ao Sebrae?
Iraçu
-
Minha fu nção, como presidente, não exige
tempo integral. Não tenho vínculo empregatício com o
Seb rae. Ao presidente compete apenas fazer avaliações
junto ao Cons elho. Isso não impede de virmos dois ou
três dias da semana na instituição. Isso não atra palha
minha fun ção na Federação da Agricultura do Amapá
nem no Senar. Eu br inco sempre com meus colegas que
quem menos trabalha no Sebrae é o pres idente.
Diário
-
Ainda sobre a sua condição de pecua–
rista: Como conciliar a atividade no se tor primário
com a outra eminentemente de prestação de servi–
ços?
Iraçu
-
O Senar, Serviço Nacional de Aprendizagem
Rural, faz trabalho similar ao do Sebrae que, por sua vez,
faz gestão no campo, só que aquele opera tecnicamente,
e esse na parte de orientação ao pequeno empreendedor
rural. Em suma, Senar e Sebrae não se excluem. Pelo con–
trár io, unem-se.
Diário
-
Como o senhor analisa o desempenho das
micro e pequenas empresas no Brasil?
Iraçu
-
Não tenho números de cabeça. Mas assim
como as grandes empresas, as indústrias, focam a expor–
tação, as pequenas empresas, contrariamente, são volta–
das para dentro do país, e elas contribuem com uma
porção fantástica.
Diário
-
A crise brasile ira perpassa por todos os
segmentos do país. Como o Sebrae tem se valido para
contornar esta situação?
Iraçu
-
Evidentemente que com a crise todos tiveram
que apertar o cinto. No momento, temos a info rmação de
Revista
DIÁRIO
-
Edição 29 -
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