Amapá Jovem e para o programa Luz para Viver Melhor.
Diário
-
Osenhor vai cumprir o seu quarto man–
dato de olho também no Senado da República?
Waldez
-
Não. Estamos focados, agora, no compro–
misso assumido com a sociedade de cumprir as agendas
de campanha que eu defendi. Ainda vêm as eleições mu–
nicipais; depois, as eleições gerais.
Diário
-
Já tem o seu queridinho para a Prefei–
tura de Macapá?
Waldez
-
Não. Ainda não é tempo de antecipar
novas pretensões políticas. Ainda estou começando um
novo mandato, e o nosso compromisso agora é respon–
der
à
sociedade a confiança que me depositou, o que me
deixa muito feliz e agradecido, não só
à
sociedade, re–
pito, mas também a Deus.
Diário
-
Quantas obras ficaram paradas nesses
seus 3 governos?
Waldez
-
Acho que tem a do canal da Mendonça Jú–
nior e o píer do Santa Inês. Acho que a gente conclui o
muro de arrimo do Aturiá, só que tem uma etapa se–
guinte, que é a conclusão do conjunto habitacional da
Vila dos Oliveiras, nas Pedrinhas, para poder fazer a ur–
banização do bairro. Já conseguimos retomar os Congós.
Diário
-
Qual o problema no píer do Santa Inês?
Waldez
-
Ainda tem um problema técpico com a
execução da obra feita no governo passado. E que houve
uma perícia que identificou problemas, e agora, para re–
licitar a obra, tivemos que mexer no projeto, porque tem
que se fazer uma correção.
Diário
-
Qual a sua expectativa com relação ao
governo Bolsonaro?
Waldez
-
Não dá ainda para sinalizar como vai ser.
Eu tenho dito que é preciso que se dê, agora, um tempo
aos brasileiros, ao Brasil, ao trabalhador, ao gerador de
emprego, aos pobres, aos jovens, porque esta agenda do
povo brasileiro, nesses quatro anos, ficou debaixo do ta–
pete. Não se discutiu; foi só crise. Então eu quero acre–
ditar neste tipo de futuro. Espero que o Presidente
tenha sabedoria nesse sentido, dialogue bastante com
os diferentes. Nós vivemos num país de uma diversi-
dade política, cultural e partidária muito grande.
É
pre–
ciso dialogar com os diferentes. Dialogar com as regiões
diferentes. Por exemplo, aqui na região Norte nós temos
a cultura do Forum de Governadores, uma agenda que
nos interessa discutir com o governo central. Então, nós
não vamos aceitar que o governo federal diga o que é
bom para a Amazônia, quando nós entendemos aqui o
que é bom para a região. A expectativa é de que o país
tenha um avanço econômico, nas relações, e se assim
não for seria um preço muito alto para o povo já ter
pago quatro anos de desencontros e ainda pagar mais
quatro.
Diário
-
Problema dos consignados, governador...
Waldez
-
A gente tem sempre uma empreitada
muito grande, neste assunto, mas estamos cumprindo
dentro da legislação.
Diário
-
O Amapá perdeu aquela importância
que sempre teve no comparativo que se fazia com
Rondônia, Roraima e Acre, que hoje revelam índices
de qualidade de vida bem melhores do que os nos–
sos. Por quê?
Waldez
-
OAmapá teve problemas de investimen–
tos, mesmo. Nesses quatro anos, sobretudo, poucos
investimentos foram conseguidos na velocidade que
se poderia ter mobilizado. Agora, outra coisa: as me–
dições desses índices não alcançaram informações
que o Amapá já term. Por exemplo: as estradas asfal–
tadas, a ligação ao sistema nacional de energia. Na
hora em que forem medidas essas informações que o
Amapá já tem com certeza esses índices mudam para
melhor.
Diário
-
Osenhor é o único governador eleito do
PDT, e o seu partido já anuncia que vai ser oposição
ao governo Bolsonaro. O senhor não teme que isso
possa prejudicar o Amapá, que é um estado pe–
queno?
Waldez
-
Não tenho esta preocupação. O PDT vai
tomar uma posição nacional, certamente. Isso leva
muito em conta a posição no parlamento, nessa agenda
toda que entra em debate, mas temos uma posição no
estado. Eu mesmo sempre defendi isso. Eu estava pre–
parado, como estou, fosse para a vitória do Bolsonaro
ou do Haddad, porque sou de diálogo, tanto é que hoje
tenho alinhados, nesta relação, sete deputados federais
e os três senadores, e é com eles que vamos dialogar
com o governo federal. Eu vou sempre me apresentar
na relação com os ministérios e com o governo federal,
republicanamente, na defesa do que temos direito. O
que for direito do Amapá, e em alguns casos com a Ama–
zônia, junto com os governadores da região, eu farei
com toda a força que puder, respeitando as relações de
diálogo, mas não vou abrir mão dos direitos do povo
amapaense.
Diário
-
Por que 7 deputados federais, se a ban–
cada amapaense é composta por oito?
Waldez
-
Porque não falei ainda com o deputado Ca–
milo Capiberibe, do PSB, mas vou conversar. Não tenho
nenhum problema de dialogar com todos da bancada fe–
deral. Eu estou cada vez mais disposto a fortalecer a de–
mocracia, o trabalhismo e os direitos humanos. Então,
não vou abrir mão dessas agendas, porque é um con–
teúdo programático, histórico, do meu partido e da
minha história de vida.
Revista
DIÁRIO
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Edição 29 -
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