tendentes pra compor chama comigo, mas cinco deles,
no decorrer do processo, acomodaram-se em outras
possibilidades de candidatura, e até nem candidatura.
Teve caso em que a pessoa desistiu de pleitear, sem ne–
cessariamente haver conflito. Quer dizer, dentro do pro–
cesso democrático as coisas foram acomodando-se. No
final, afunilou entre o nome do Jaime e o do doutor Pa–
paléo. Entendo que isso poderia ter tido um desdobra–
mento sem maiores desgastes. No entanto, infelizmente
aconteceu o que todo mundo sabe, e a gente respeita.
Evitei de ficar fazendo comentário, porque temos que
respeitar os sentimentos das pessoas, enquanto líderes,
enquanto dirigentes.
Diário
-
Mas o senhor não ficou irritado com as
declarações feitas por Papaléo e por Gilvam?
Waldez
-
Não. Em absoluto. Eu respeitei. A não ser
que tivessem sido declarações com as quais eu me sen–
tisse ofendido, mas não houve isso. Foram opiniões po–
líticas, que a gente tem que respeitar.
Diário
-
Como foi a questão da chapa para o Senado?
Waldez
-
O meu desejo, nessa questão, era que nós
saíssemos só com 2 candidatos. Defendi, isso, até
à
úl–
tima hora. Como não conseguimos consolidar, a minha
posição passou a ser respeitar o direito das pessoas. Se
a legislação permitia que um partido poderia, com o seu
tempo de televisão, lançar 2 nomes, isoladamente, e se
eu não tinha conseguido o convencimento necessário,
eu respeitei, portanto, que Fátima e Gilvam saíssem pelo
MDB, que o Pastor Guaracy saísse pelo partido dele, que
Lucas saísse pelo PTB. Então tive que respeitar isso. Mas
todos eles decidiram que mesmo se candidatando iso–
ladamente coligariam comigo para o governo.
Diário
-
Especulou-se que a candidatura de
Jaime Nunes para o Senado teria sido um faz de
conta negociado nos bastidores na certeza de que
no fim das contas ele seria o vice, e não Papaléo...
Waldez
-
Não. O Jaime realmente estava com a can–
didatura posta ao Senado, bem articulado. Já tinha to–
mado providências no que diz respeito
à
estruturação
de campanha. Era esse foco em que ele estava. Garanto
que a decisão foi reta final, mesmo.
Diário
-
Qual será a participação do vice Jaime
Nunes no seu governo?
Waldez
-
O Jaime contribui com muitas ideias e su–
gestões. Assumimos o compromisso com a sociedade
amapaense no processo de desenvolvimento do estado,
de fortalecimento das atividades produtivas e no pro–
cessamento dessas atividades, agregando mais renda no
Amapá. OJaime tem sido decisivo e deverá ter uma par–
ticipação muito forte, ajudando-nos e ajudando o
Amapá através daquilo que o estado tem responsabili–
dade de indução na geração de oportunidades e em–
prego.
Diário
-
Outro problema na sua campanha foram
as seguidas pesquisas do lbope, colocando o senhor
distante na preferência do eleitor. Isso chegou a lhe
preocupar?
Waldez
-
Não. Porque a gente trabalha com infor–
mações internas. A cada dois dias eu fechava essas in–
formações, e era isso que servia de orientação. Quando
eu detectava um problema, repito, nas nossas informa–
ções internas, ou avanços, isso era tratado dentro da es–
tratégia de campanha. Nós não podemos, num projeto
desse, ser influenciado por informações de terceiros.
Nesse caso, não era só o Ibope, mas vários outros seg–
mentos políticos também faziam pesquisas, traziam in–
formações e tentavam influenciar, muitas das vezes, o
nosso núcleo de campanha. Eu não me permito a isso,
não. Os nossos líderes, militantes, nossos coordenado–
res políticos, nos mais diversos matizes, eles não se aba–
tem, a não ser que eu leve a informação.
Diário
-
Entre Davi e Capiberibe, qual era, em
suas análises, o candidato menos preocupante para
o senhor?
Waldez
-
Eu me preparei para disputar a eleição.
Não escolhi candidato. Foi visto nos debates que eu di–
recionava as perguntas para os dois. Eu tinha a minha
estratégia de campanha, os pontos de dificuldade e os
pontos fortes. Assim a gente desenvolveu a campanha e
a discussão com os demais candidatos.
Diário
-
Promessa de campanha: construção de
um novo Pronto Socorro...
Waldez
-
Estamos trabalhando intensamente, já
com equipe montada. Eu tinha duas frentes, uma, a Ban–
cada Federal. Fui a Brasília, junto com prefeitos. Lá,
reuni-me com senadores e deputados federais, e fecha–
mos da seguinte forma: baixou de 220 para 170 milhões
de reais. Se fossem 220 milhões, eu pleitearia uma
emenda de 45 ou 50 milhões de reais para a parte da
construção física do novo Hospital Pronto Socorro do
Estado do Amapá. Como baixou o valor para 170, aí eu
preferi defender a forma como distribuído, porque de
que adianta abrir uma nova obra, com recurso de
emenda federal, e colocar em risco obras que estão em
construção.
Diário
-
Quais são essas obras, governador?
Waldez
-
O Hospital Universitário, por exemplo,
para o qual assinei cem milhões, além de 25 milhões de
reais para a BR 156; 20 milhões para o governo does–
tado revitalizar e ampliar escolas públicas; 17 milhões
Revista
DIÁRIO
- Edição29 -
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