Revista
DIÁRIO
- Novembro 2015 -
27
Tecnologia
C
om o advento das novas tecnologias da informação
e da comunicação (TIC’s), os indivíduos testemu‐
nham uma invasão cada vez maior de novas formas
de se comunicar, formas essas que causammudanças dra‐
máticas nos tipos, na qualidade e na velocidade com que
as mensagens são trocadas entre os mais diversos seres
nos mais remotos ambientes.
A sociedade não é umelemento inalterável, muito pelo
contrário, está em constante transformação e, como tal,
inserida num processo de mudança em que as novas tec‐
nologias são as principais responsáveis. Alguns pesquisa‐
dores identi icam um novo paradigma de sociedade que
se baseia numbemprecioso, a informação, atribuindo‐lhe
várias designações, entre elas a sociedade da informação.
Apesar da internet, em princípio, ser um canal de co‐
municação horizontal, onde independente do status ou
classe social a que pertençam as pessoas podem ter aces‐
so a todo e qualquer tipo de informação, a verdade é que,
muitas das vezes, a realidade é muito diferente. Essas di‐
ferenças podem ser notadas em duas ocasiões: primeiro
por deixar de fora os que não têm acesso (que não são
poucos) e em segundo lugar porque o acesso à informa‐
ção não é garantia que disso resulte conhecimento e, mui‐
to menos, aprendizagem.
Os indivíduos são atores de uma revolução. Porém, o
desa io é saber de que forma essa quantidade incontável
de informações poderá contribuir para a democratização
do conhecimento, visando aprendizagens signi icativas
em que a nova informação seja interiorizada e incorpo‐
rada naquilo que o sujeito já conhece.
Assim sendo, para que a sociedade da informação
possa ser considerada uma sociedade do conhecimento
é imprescindível que se estabeleçam critérios para or‐
ganizar e selecionar as informações, e não simplesmente
ser in luenciado e “moldado” pelos constantes luxos in‐
formativos disponíveis: “A dinâmica da sociedade da in‐
formação requer educação continuada ao longo da vida,
que permita ao indivíduo não apenas acompanhar as
mudanças tecnológicas, mas sobretudo inovar” (Taka‐
hashi, 2000, p.7).
Nestes novos cenários, cabe a cada indivíduo iltrar ao
máximo o conteúdo que encontra na “rede” e ser um
agente que agregue e contribua positivamente com infor‐
mações inovadoras e signi icativas quando tiverem a
oportunidade de deixar sua opinião ou ponto de vista em
relação a determinado conteúdo divulgado nos diversos
meios digitais (sites, blogs, canais de notícias, redes so‐
ciais), para que cada vez mais haja o que o pesquisador
Pierre Levy (2003, p.28) classi icou como “inteligência co‐
letiva” que tem como objetivo distinguir as capacidades
que se distribuem nos indivíduos, a im de coordená‐las
para serem usadas em prol da coletividade. A coordena‐
ção dos inteligentes coletivos ocorre com a utilização das
ferramentas das tecnologias da informação.
Texto:
Danyelle Marques
(pesquisadora emestre em comunicação)
Inteligência e
conhecimento
na
era da
sociedade
da informação