Revista
DIÁRIO
- Novembro 2015 -
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Conhecimento
A
Revolução Pernambucana de 1817, embora fracas‐
sada, assim como a Incon idência Mineira (1789)
com seus mártires, acabam promovendo novo fato
político: início da contagem regressiva para a de initiva In‐
dependência do Brasil da Coroa Portuguesa.
Entre agosto e setembro de 1822 ocorrem várias reu‐
niões maçônicas na Loja Comércio e Artes, no rito Adonhi‐
ramita, sob a liderança de Gonçalves Ledo, escritor e jorna‐
lista, e José Bonifácio. Logo é criado o Grande Oriente do
Brasil, potência maçônica regular até hoje internacional‐
mente reconhecida em todo o mundo maçônico.
Embora alguns autores a irmem que a Maçonaria bra‐
sileira tenha se iniciado em 1.797 com a Loja Cavaleiros da
Luz, criada na povoação da Barra, emSalvador, Bahia, e ain‐
da coma Loja União, foi justamente a Loja Comércio e Artes
na Idade do Ouro que deu o grande pontapé para nossa In‐
dependência e surgimento do Grande Oriente do Brasil, em
1.822.
A ata da sessão de 17 de junho de 1.822 é histórica, dada
a sua importante natureza: cria mais duas lojas — a Espe‐
rança de Niterói e a União e Tranquilidade— pelo desdo‐
bramento de seu quadro (por sorteio). Foramessas três lo‐
jas metropolitanas que formaram o Grande Oriente.
José Bonifácio de Andrada e Silva é aclamado primeiro
grão mestre do Grande Oriente do Brasil, e Joaquim Gon‐
çalves Ledo, primeiro grande vigilante, e Januário da Cunha
Barbosa, grande orador. Através de uma jogada de mestre,
Gonçalves Ledo eleva Dom Pedro I a mestre maçom e de‐
pois mobiliza e sensibiliza todos os irmãos a aclamarem o
imperador como novoGrãoMestre Geral doGrandeOriente
do Brasil. Com a eleição de D. Pedro estava por im conso‐
lidada a força estratégica política de Independência do Bra‐
sil, que já contava com o apoio das maçonarias americana,
inglesa e francesa. O resto, todos já sabem.
Criaçãodo
GrandeOriente
do
Brasil ea
Independência
dopaís