Revista
DIÁRIO
- Novembro 2015 -
69
O
s dias passam com registro de novos desdobra‐
mentos da crise que se instalou no país, tendo
como protagonista principal o Partido dos Tra‐
balhadores que, a partir de 2003, vem tentando o con‐
trole absoluto do poder, através de uma política mol‐
dada ao extremismo mascarado de democrata. Com o
pretexto de dar comida a quem tem fome e moradia a
quem não possui teto, Lula e Dilma conseguiram en‐
ganar o povo, afirmando que o Brasil ia bem, obriga‐
do, a inflação sob controle, baixo índice de desempre‐
go e outras coisas mais.
A dura realidade surgiu logo no início do segun‐
do mandato da presidente Dilma Rousseff, quando
as medidas de ajuste fiscal, baixadas pelo governo,
serviram para mostrar claramente que o Brasil esta‐
va mal e muito mal. A reação veio de todas as cama‐
das da sociedade, e a credibilidade do governo des‐
pencou. A redução do número de ministérios, o corte
de recursos orçamentários e a reforma no primeiro
escalão do governo pouco ou nada influenciaram pa‐
ra debelar a crise, que passa a abranger o Congresso
Nacional em decorrência das denúncias que atingem
o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha
(PMDB‐RJ), supostamente envolvido em atos de cor‐
rupção.
Denunciado ao Conselho de Ética, por quebra de
decoro parlamentar, Cunha tem se mostrado tranquilo,
sabedor de que conta com o apoio de um bloco forte,
na Câmara, favorável ao afastamento da Presidente.
Ciente de que o pedido de impeachment assinado
pelos advogados Hélio Bicudo, um dos fundadores do
PT, e Miguel Reale Junior, depende exclusivamente do
presidente da Câmara para abrir o processo ou não,
Dilma Rousseff, que segundo o MP, voltou a praticar
pedaladas fiscais, em 2015, para cobrir despesas que
só poderiam ocorrer com recursos do orçamento,
mostra‐se preocupada ao ponto de passar feriados
reunida com seus assessores mais próximos, na ten‐
tativa de encontrar uma solução para uma situação
criada por ela mesma.
Com o Brasil em recessão, a inflação descontrola‐
da, os preços subindo, o desemprego crescente, várias
categorias em greve e a Lava Jato avançando, Dilma
Rousseff ainda tenta, em vão, reunir os “cacos” que
restam do implodido rolo compressor que dava sus‐
tentação ao seu governo.
Como Brasil em recessão,
a inflação descontrolada,
os preços subindo, o
desemprego crescente,
várias categorias em
greve e a Lava Jato
avançando, Dilma
Rousseff ainda tenta, em
vão, reunir os “cacos”
que restamdo implodido
rolo compressor que dava
sustentação ao seu
governo.
Jornalista
RuyGuarany
Ruy Guarany,
Jornalista articulista do Jornal Diário do Amapá e Revista Diário
ARTIGO
Situação
deDilma
se complica