Esportes
O
Brasil vai disputar os XXXI Jogos Olímpicos, a partir
de 5 de agosto de 2016, com36 esportes, facilitado
naturalmente pelo fato de atuar em território na‐
cional. Dessas mais de três dezenas de competições, le‐
vantamento preliminar indica que a previsão do Comitê
Olímpico Brasileiro de igurar em décimo lugar entre os
mais de duzentos países coma conquista de 17medalhas
pode realmente ser cumprida, embora se leve em conta
que esse número de medalhas pode ser atingido através
do pódio em relação à prata e bronze, com pouca contri‐
buição das de ouro.
Omesmo balanço mostra que
para as medalhas de ouro a ba‐
talha será muito grande, e pou‐
cos atletas do país despontam
com possibilidades de ocupar
o lugar mais alto do pódio. A
considerar o ranking da
temporada, o ginasta
Arthur Zanetti, na
prova de argo‐
las do pro‐
grama da
ginástica, tem conquista quase certa. Todavia, outras mo‐
dalidades têm menos chances da medalha dourada.
Na vela, o nome de Robert Scheidt não pode ser des‐
cartado, assimcomo os deMarcela Grael e Kahena Kuntz.
O voleibol de quadra masculino e feminino tem creden‐
ciais para bisar títulos anteriores e, atuando diante do seu
público, a história pode ser outra. Na maratona aquática,
Marcela Cunha e Poliana Okimoto, pelo retrospecto ante‐
rior, são capazes chegar junto às medalhas nos 5 e 10 mil
metros. Mesmo não estando mais com o pique de quando
foi campeão olímpico, o nome de César Cielo não pode ser
descartado. No último mundial na Rússia, o nadador não
foi bem, mas depois a irmou que irá se preparar coma in‐
co para a Rio/16. Fabiana Muerer, do atletismo, leva algu‐
ma esperança. Mas na prova de salto com vara, além da
russa Yelena Isinbayeva, a brasileira temainda duas gran‐
des adversárias, uma cubana e outra norte‐americana.
O judô brasileiro está sempre presente no calendário
mundial, aparecendo em todos os rankings da entidade
internacional. Nos Jogos do Rio, espera‐se atuações bri‐
lhantes de Érica Miranda, Rafaela Silva, Mayra Aguiar e
Thiago Camilo. São judocas prontos à conquista do pódio
maior, mas quando têm na disputa adversários europeus
e asiáticos, as di iculdades são enormes. Por im, a análise
foca o futebol masculino e feminino que, por várias vezes,
esteve a pique da conquista do prêmio maior. Mas vários
tropeços levaramas duas seleções às medalhas de prata e
bronze. Dentro do país, com torcida vibrando, pode ser es‐
ta a vez da camisa canarinha. Fora dessasmodalidades que
acreditamos possam chegar à vitória, nas demais, só com
atuações surpreendentes.
UlissesLaurindo
UlissesLaurindo,
comentarista esportivo
Previsãode
medalhas
nos
Jogos
Olímpicos
doRio 2016
Revista
DIÁRIO
- Novembro 2015 -
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