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Política

STJ barra tentativa de

invalidar provas da Operação

E

m outubro do ano passado, a 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça

(STJ), por unanimidade, indeferiu pedido de suspensão do julgamento

de recurso especial e rejeitou os embargos de declaração apostos pelo

ex presidente da Assembleia Legislativa do Amapá, deputado Moisés Souza,

em face do Ministério Público do Amapá (MP-AP) ser contra requerimento

de invalidação de provas colhidas no curso da Operação Eclésia.

O ministro-relator, Mauro Campbell Marques, advertiu que novas medi–

das "meramente protelatórias" poderiam ensejar aplicação de multa e de–

mais sanções processuais ao deputado que já cumpre pena de reclusão em

decorrência das ações interpostas pelo órgão ministerial. Em março do

mesmo ano, o ministro Campbell já havia negado provimento no mesmo re–

curso especial, no qual a defesa de Moisés Souza tentava mais uma vez anu–

lar as provas.

Andamento das ações penais

no Tribunal de Justiça

---t- ----

U

m relatório do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap),

atualizado até 8 de junho deste ano, mostra a exis–

tência de 27 ações penais tramitando na Corte, das

quais 10 já foram julgadas e apenas uma foi arquivada

com trânsito e m julgado e os réus absolvidos.

Das ações penais julgadas, quatro foram enviadas para

julgamento de recursos no Superior Tribunal de Justiça

(STJ), uma aguarda contrarrazões a recursos especial e ex–

traordinário, uma está com o Ministério Público (MP) para

contrarrazões a agravo em execução penal e duas estão

conclusas ao relator para prolação de acórdão de embar–

gos de declaração. As ações julgadas tiveram como rela–

tores os desembargadores Carlos Tork e Carmo Antônio.

Também existem duas ações penais com fase de ins–

trução concluída, relatadas pelos desembargadores

Carmo Antônio e João Lages, aguardando inclusão em

pauta para julgamentos que devem ocorrer em agosto.

Outras seis ações estão em fase de instrução, das quais

quatro são relatadas pelo desembargador Gilberto Pi–

nheiro, com quatro agurdando decisões do STJ e uma, re–

latada por João Lages, aguardando prazo para alegações

finais.

Seis ações penais estão com denúncias recebidas e

prontas para iniciar a instrução; uma está pendente de ad-

missibilidade da denúncia, e outra suspensa por decisão

da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), o que vem

sendo questionado pelo Ministério Público. Ainda existe

uma ação com declinação de competência para o Superior

Tribunal de Justiça. Apenas uma ação penal, relatada pelo

desembargador Manoel Brito, não foi recebida, mas

aguarda prazo para recurso.

Outro relatório, atualizado até maio deste ano, aponta

que o Tribunal de Justiça do Amapá ainda tem para julgar

20 ações penais decorrentes da Operação Mãos Limpas,

que foi deflagrada pela Polícia Federal em 2010, atingindo

praticamente todos os deputados estaduais da época.

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DIÁRIO

- Edição27 -

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