Comportamento
"Filhos...
Filhos?
Melhor não
tê-los!
Mas se não
os temos
Como
sabê-los?".
Vinicius de Moraes
vida moderna, diferentemente da vida antiga,
xige muito de todo mundo. Sucesso profissio–
al, um corpo bem trabalhado, uma família,
uma casa, enfim. Muitos casais, casam, mas demoram
a ter filhos, ou simplesmente optam em não ter. Eas–
sim, passam muito tempo, só os dois. Viajam, nos fins
de semana acordam a hora que querem, não precisam
cozinhar, ou simplesmente comem o que quiser. Pois
é, a rotina vai indo, até que um terceiro chega na rela–
ção, o filho. Eagora? Vamos ter que nos reorganizar a
uma vida a três. Eassim, se não tiver uma conscienti–
zação de que vai ser preciso modificar a rotina, numa
vida que até então era só do casal, as coisas podem de–
sandar.
É
preciso saber que as coisas vão precisar se reor–
ganizarem mesmo. Não se pode mais acordar a hora
que quiser, precisa providenciar comida para o peque–
no, que ainda não come qualquer coisa. Muitas via–
gens não poderão ser feitas a qualquer hora e muitas
outras coisas.
É
por isso que o casal precisa estar em
sintonia, para que não haja conflitos desnecessários
no âmbito familiar. Muitas queixas como eu tenho
meu futebol, não posso deixar de ir, ela não compreen–
de. Eu preciso ir ao salão, mas ele acha que é supérfluo,
e que eu posso passar sem. Só eu que acordo
à
noite,
não aguento mais. Enfim, são muitas queixas que che–
gam ao consultório acerca dessa dificuldade que mui–
tos casais enfrentam. E nas discussões como: Quanto
tempo você tem gasto no banho? Por que você tem
uma hora para fazer exercícios e eu não tenho tempo?
São algumas perguntas que o casal pode fazer um ao
outro, que quando não se é pai, não se discute por isso,
mas quando as crianças já fazem parte da vida, então
pode se converter em toda uma competição. Isso tudo
pode ser evitado, ou minimizado, desde que haja com–
preensão de ambas as partes. O ideal é repartir o tra–
balho de casa e o cuidado das crianças por igual para
poder ter tempo para si mesmo a cada dia, ainda que
ClaudlaOliveira
Psicóloga clínica - CRP 10-3480
Um
terceiro
na
relação
seja pouco e sem pensar em competição.
Quando se trata do lar pode ser que cause proble–
mas nos casais. Está claro que a responsabilidade é de
ambos igualmente, mas o que pode acontecer quando
você passa o dia todo trabalhando e ao chegar em casa
tem que cuidar das crianças? Oque importa é ter pre–
sente uma boa organização de limpeza e cuidado das
crianças, repartirem o trabalho de forma equitativa
para evitar brigas e sentimentos negativos.
Outro ponto importante, também, é com relação
ao lazer das crianças, tarefas escolares, reuniões de
pais e mestres, plantões pedagógicos. Evidentemente
que existem situações adversas em que os dois não
podem comparecer, mas é muito importante que os
dois façam juntos.
É
uma oportunidade da família con–
viver. E muitas vezes o cansaço, a preguiça, o como–
dismo, acabam fazendo com que a família não atente
para isso. Claro que algumas situações podem exigir
mais da figura paterna ou da figura materna, mas é
importante que ambos estejam antenados com isso.
Por exemplo, muitos pais são mais habilidosos com o
futebol, favorecendo assim jogar com o filho. Em ou–
tros casos as mães possuem facilidade de ensinar uma
tarefa de matemática, por exemplo, sendo natural que
ela assuma tal situação. Dessa forma, é mais fácil, que
a harmonia aconteça mais facilmente no ambiente fa–
miliar.
Apesar das inseguranças, medos, modificações
que vão acontecer, o nascimento de um filho é um
marco único na vida de uma pessoa. Aceitar e traba–
lhar as mudanças, dividir as responsabilidades, o tem–
po e afazeres vão favorecer aos novos pais apreciar a
experiência e fazer dela uma oportunidade maravi–
lhosa.
Além do que tudo é uma questão de tempo. Logo
eles crescem, outras situações aparecerão, é claro, mas
tudo poderá ser conduzido, desde que haja diálogo e
acordo para que seja da melhor maneira possível.
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