orno árbitro, o versátil apitou durante dez anos,
não só no estado do Amapá. Passou por São
Paulo, Fortaleza e Belém, arbitrando competi–
ções nacionais de basquetebol. Para todos os
campeonatos brasileiros do bola ao cesto ele
era convocado.
Agostinho, cheio de iniciativa, no cargo de
presidente da federação, colocou pra jogarem, em Ma–
capá, a Seleção Amapaense de Basquetebol e o Botafogo
do Rio de Janeiro. Trouxe o célebre Oscar Schmidt para
apresentação especial num jogo entre Amapá e Pará, pre–
liando um tempo em cada seleção.
O maior feito como gestor do basquete amapaense,
contado por ele mesmo, foi ter conseguido a vinda das
seleções principais do basquete brasileiro para atuar em
Macapá contra Cuba, no naipe feminino, e contra a Ar–
gentina, no masculino.
Ojogo Brasil x Cuba teve uma atração especial, porém
extra quadra. Melhor dizendo, a quadra teve a ver, sim,
com a atração. Tratou-se da lateral direita Adriana, da Se–
leção Brasileira, que sem saber que estava grávida, jogou
incansavelmente. Somente ao retornar para São Paulo é
que a jogadora descobriu estar esperando nenem já há
cinco meses. Isso teve uma repercussão imensa no país,
e o Amapá como destaque, porque foi aqui que Adriana
jogou pela última vez antes de dar
à
luz o rebento.
Com a Seleção do Brasil que atuou contra a Argentina,
após o jogo Agostinho Lopes viajou para San Juan, em
Porto Rico, chefiando a delegação que disputou o Pré–
olímpico. Também chefiou a delegação brasileira no
Campeonato Sulamericano Feminino acontecido na Ilha
Ancud, no Chile. Ainda esteve, como chefe de delegação,
nos mundiais do Uruguai, Croácia, Canadá e Eslovênia.
O expert em basquete observa que nos últimos anos
esse esporte no Brasil teve uma queda em realizações e
até em qualidade, mas que ultimamente está reer–
guendo-se. A queda, analisa, foi decorrente, pelo menos
no caso específico do Amapá, da falta de espaços para
formar atletas e promover competições.
Com meia ponto meia de idade, Agostinho Lopes Hen–
riques Neto registra que já passaram 12 anos do tempo
dele se aposentar, mas que não quer parar, por ainda ter
muita coisa pra passar pra juventude e dar ainda uma
maior colaboração ao desporto amapaense.
• Agostinho Lopes,
entre tantos feitos
no basquetebol
do Amapá,
chefiou várias
delegações
brasileiras
em competições
continentais
emundiais,
tanto no naipe
masculino como
no feminino.
Revista
DIÁRIO
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