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Amapá no auge da 22ª Brigada

Indagado sobre em qual con–

texto internacional dos delitos

transfronteiriços o Amapá está

inserido, o general Viana Filho

diz que embora existam outras

faixas de fronteira com proble–

mas muito mais complexos,

como na tríplice fronteira entre

o Peru, a Bolívia e a Colômbia, há

sim informações de que a rota

internacional do tráfico de dro–

gas, armas e até de pessoas,

possa ter pontos de apoio em

território amapaense. "Existem

estados brasileiros que são fron–

teiriços com os países maiores

produtores de drogas de mundo

e que possuem rios, como o Rio

Solimões, que podem ser utiliza–

dos para transportar drogas e

armas para os grandes centros

consumidores do país e para o

exterior, entretanto algumas

dessas rotas de tráfico interna–

cional de armas e drogas passam

na região do Foz do Amazonas,

trazendo reflexos para o Amapá"

•SOLDADOS

A cobiça do estrangeiro pela

Amazônia ainda enfrenta a em-

blemática presença do "guer–

reiro de selva", como é chamado

o militar do Exército que serve

na Amazônia. Segundo o coro–

nel Alexandre Mendonça, ex-co–

mandante do 34º e responsável

pelas primeiras obras da 22 ª

Brigada no Amapá, esse é o me–

lhor combatente em ambiente

de mata do mundo. Para se ter

uma ideia desse diferencial, mi–

litares de diversos países con–

correm a limitadíssimas vagas

no Curso de Operações na Selva,

promovido pelo Centro de Ins–

trução de Guerra na Selva, o te-

mido CIGS, em Manaus. "Mas o

que o Brasil disponibiliza em

termos de conhecimento é algo

bem generalista, pois tem coi–

sas que só trabalhamos com os

nossos soldados'', diz ele. O Co–

ronel Alexandre diz ainda que o

contingente de soldados que

anualmente são recrutados na

Amazônia, são de nativos des–

sas cidades pelo interior, por–

tanto gente acostumada com a

vida na floresta, então o que se

passa são conhecimentos da

doutrina militar e de conheci-

Revista

DIÁRIO

-

Edição 27-

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menta específico, pois no dia a

dia esses homens e mulheres

sabem muito bem como lidar

com a floresta.

•FORÇAS

Uma importante observação

é feita por especialistas em ciên–

cias militares, é que o fato do

Amapá fazer fronteira com a

França, país integrante da OTAN

(Organização do Tratado do

Atlântico Norte). Essa organiza–

ção é uma aliança militar inter–

governamental baseada no

Tratado do Atlântico Norte, que

foi assinado em 4 de abril de

1949 e tem como um de seus ob–

jetivos a defesa mútua de seus

membros em caso de uma agres–

são externa.

Em Caiena, na Guiana Fran–

cesa, o espaço aéreo é aberto

para aeronaves que pertençam

à

OTAN, pois lá existe uma Base

Aérea com a finalidade de prote–

ger o território francês e em par–

ticular o Centro Espacial de

Kourou, instalação estratégica

que possui investimentos da

Rússia e de diversos países. •