Bardo Abreu
Olugar
é
um exemplo de onde bebida não combina com
violência. Apesar da miscelânea de pessoas de todos os
níveis, nunca no Abreu houve confusão que chegasse
à
morte, derramamento de sangue ou
à
polícia. Quando
uma rusga acontece, fica ali mesmo, entre amigos.
odo lugar, no Brasil e no mundo, tem o seu bar pre–
ferido. Não vou discorrer sobre cada um desseses–
tabelecimentos, cidade por cidade, porque aí teria
que fazer uma lista com no mínimo 5.570 nomes, o
número dos municípios do país.
Mas apenas para fazer uma pequena ilustração,
em termos de vizinhança regional, quem já foi a
Santarém, no Pará, e não visitou ou ouviu falar do
Bar Mascote? Em Belém, a capital paraense, pelo menos
não passou em frente ao Bar do Parque? Em Manaus há o
Laranjinha, na Ponta Negra.
Em Macapá, o bar referência é o Bar do Abreu. Há mui–
tos outros famosos, mas de curta duração. Muitos famosos
também já existiram, como o Lennon, Xodó, Gato Azul,
Porta Larga, Urca, Estrela e Barrigudo, entre outros, mas
nenhum com tanto tempo de funcionamento contínuo e
casa cheia como o Abreu - agora em agosto de 2018 fará
36 anos.
Foi fundado em 2 de agosto de 1982 por José Ronaldo
Reis de Abreu, um paraense de Belém, baixo, moreno, de
voz calma, sorriso permanente no rosto. Nove filhos, da re–
lação dele com cinco mulheres, separadamente, bem en-
Revista
DIÁRIO
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