Agricultura
das 99 milhões de toneladas para a safra 2017.
Apesar dessa ampla concentração entre os grandes
produtores, o restante do milho produzido no mundo é
bem dividido entre os outros países. O restante do top
10 representa apenas 13,83% da produção mundial, se–
gundo dados do Departamento de Agricultura dos Esta–
dos Unidos (USDA, jun./15)
A importância do milho não se restringe ao fato de
ser produzido em grande
volume
com uma imensa área
cultivada, mas, também, pelo papel socioeconômico que
representa.
É
usado diretamente na alimentação hu–
mana e de animais domésticos, que em última análise
chegam
à
nossa mesa na forma de carne,
ovos,
leite,
queijos, etc.. Constitui matéria prima básica para uma
série enorme de produtos industrializados, criando e
movimentando grandes complexos industriais, onde mi–
lhares de empregos são criados.
Os Estados Unidos são o maior produtor mundial de
milho, tendo em 2017 uma produção de 397 milhões de
toneladas. Esses números são do Departamento de Agri–
cultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês). Aen–
tidade divulgou a estimativa de grãos para o país para
2018, 400,6 milhões de toneladas. OBrasil, apesar de ser
um dos maiores produtores, 99 milhões de toneladas em
2017, importa milho.
Ototal da safra mundial de grãos em 2017 foi de 2,77
bilhões de toneladas, um acréscimo de 2,2% em relação
à
safra anterior, que fechou em 2,71 bilhões de toneladas.
OBrasil representou 7,45% dessa produção mundial,
com 227 milhões de toneladas.
Após essa visão geral, podemos afirmar que 2017 foi
um ano que mais se produziu grãos (arroz, feijão, milho
e soja) no Estado do Amapá. Foram 58,6 mil toneladas
obtidas em 23,2 mil hectares.
No entanto, verifica-se que quase 82% dos grãos vie–
ram do cultivo de soja, isto é, 58,2 mil toneladas. Dos
mais de 23 mil hectares colhidos de grãos no Amapá em
2017, 18,9 mil hectares foram de soja, o que representa
mais de 81% da área de grãos colhidos.
Levando em consideração o preço da tonelada em
torno de R$ 800, teremos um
valor
de produção da safra
de soja de 2017 em R$ 46,5 milhões.
Essa soja não ficou no Amapá, nem para industriali–
zação nem para consumo tanto da população humana
como da animal. Sua comercialização é efetuada no es–
tado do Pará.
Omaior consumo de grãos pela população no estado
é de arroz, e no ano de 2017 foram colhidos no estado
1.370 toneladas, em 1.433 hectares. Sabemos que
grande parte desse arroz fica para o consumo de subsis–
tência do agricultor. O pouco do arroz produzido no
Amapá, e que chega ao mercado consumidor, possui um
custo de produção alto por hectare em relação ao impor–
tado e, para cobrir as despesas e ter um lucro mínimo,
seria necessário colocá-lo no mercado por no mínimo R$
5 o quilo. Esse arroz ainda apresenta uma qualidade in–
ferior no seu beneficiamento, tendo uma apresentação
visual final inferior ao importado, fazendo com que na
hora da venda seja a última opção do consumidor um
pouco mais exigente.
Segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do
IBGE, o consumo de arroz pelos duzentos mil domicílios
amapaenses gira em torno de 18 mil toneladas de arroz
ao ano. Produzimos 1,3 toneladas e consumimos 18 mil
toneladas de arroz.
Vamos fazer um pequeno exercício. Para chegar em
nosso estado, essas 18 mil toneladas chegam via fluvial,
e para isso é necessária nota fiscal, tendo em vista que o
frete, já incluindo seguro, é cobrado em torno de 5% do
valor
da nota. Vamos imaginar que o
valor
do quilo do
arroz esteja em R$ 1 na nota, totalizando R$ 18 milhões
anuais em nota apresentada para o frete.
Revista
DIÁRIO
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Edição 27 - 46