Como o transporte cobrado normalmente é da ordem
de 5% do valor da nota, os proprietários das empresas
de navegação receberam 900 mil reais no ano referente
somente ao transporte de arroz. Teoricamente, eles te–
riam de pagar cerca de 5% de imposto Sobre Serviço
(ISS)
à
Prefeitura, isto é, R$ 45 mil.
Ao chegar em Macapá, esse arroz é comercializado
no mercado pelos supermercados com um valor médio
que girou em torno de R$
2,50.
Com isso, essas
18
mil
toneladas proporcionam na comercialização ao público
45 milhões de reais no ano, e o governo de estado, teori–
camente, recolheu 3,6 milhões de reais de ICMS, isso le–
vando em consideração a tributação do arroz, que era de
8%.
Como vimos, os empresários que prestam serviço de
transporte estão ganhando 900 mil reais pelo serviço
prestado corretamente somente com o arroz. A prefei–
tura, teoricamente, recolheu 45 mil reais referentes aos
5% das notas fiscais de transporte, e o governo do estado
recolheu no mínimo 3,6 milhões de reais de ICMS, e nós,
a população, pagando o quilo do arroz em média abaixo
de R$ 3.
Assim, todos estão ganhando e há pessoas que não
querem mexer nesse jogo. Lembrando que esses cálculos
foram somente para o arroz. Nessa situação ainda temos
feijão, batata, açúcar, óleo, etc..
Para produzirmos aqui, inicialmente os governos
precisariam abrir mão desse tributo pelo menos por
algum tempo para incentivar os produtores. Assim não
haveria mais necessidade de transporte via fluvial
Belém-Macapá desses produtos agrícolas, em contrapar–
tida poderia criar problemas para essas empresas já es–
tabilizadas no ramo do transporte fluvial.
(*)
As informações e os dados da parte inicial desta
matéria foram baseados em texto que li há algum tempo;
não lembro o autor ou autora.
Revista
DIÁRIO
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Edição27 -
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