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A

Fortaleza de São José de Macapá, do alto dos

seus 254 anos é, de longe, o maior monumento

turístico da capital do Amapá, afinal é a maior

fortificação portuguesa do período colonial do Brasil.

Mas ela acaba de passar por uma intenvenção de ma–

nutenção e ganhou novo fôlego com a nova ilumina–

ção, que vai bem além das 18 horas, tempo normal de

seu funcionamento, entrando pela noite a frequência

de seus visitantes.

Desde a inauguração do Parque do Forte, denomi–

nação da praça do entorno da Fortaleza, essa foi a

principal intervenção do governo do estado num mo–

mento em que o local vinha perdendo frequentadores

exatamente pela escuridão. "Graças também à ação de

vândalos que vinham depredando as principais atra–

ções da nossa praça", diz a aposentada Guajarina Car–

valho, 71, que pela segunda vez reuniu sua família no

local para um piquenique.

A direção do Museu Fortaleza diz que existe uma

programação regular de manutenção do monumento,

mas que intervenções na melhoria da iluminação vêm

sendo implementadas desde o ano passado, porém a

conclusão do processo revelou surpresas que agrade–

ram em cheio.

De cara, os novos equipamentos em luz e eletrici–

dade aferem um visual muito mais acessível para vi–

sitações pela parte da noite. "A gente passava por aqui

e praticamente nem via a Fortaleza à noite, devido à

escuridão do monumento", diz a bacharel em direito

Lilian Araújo Azevedo, 24, informando já ter acam–

pado no lugar com sua família, mas durante o dia.

Estimativas oficiais dão conta de que 60 mil tu–

ristas fazem visitas regulares à Fortaleza de São José

de Macapá por ano. "A gente sugere que agora em

que a nova iluminação está muito bonita e eficiente

haja reforço no policiamento para que as visitações

possam acontecer também à noite, pois certamente

alcançará outros públicos que normalmente não

podem fazer as visitas durante o dia", diz o corretor

Gilberto Souza, 51.

RESIST~NCIA

Atualmente, o espaço interno da Fortaleza fica

aberto a visitações de terça-feira a domingo, no horá–

rio das 8h às 18h. A entrada é gratuita; o visitante

pode ser acompanhado por um monitor e guia de tu–

rismo. Escolas podem solicitar visitas monitoradas

através de ofício que deve ser entregue na adminis–

tração da instituição. A história da Fortaleza registra

período de altos e baixos, recuperações e abandonos.

A Proclamação da República (1889) e as suas suces–

sivas crises no início do século XX mantiveram a For–

taleza de Macapá em relativo abandono, acarretando

o desaparecimento de diversos elementos construti–

vos quer por deterioração quer por furto simples. Ela

passou à gestão da Fundação de Cultura em 1988.